Dossiê Especial AKB ECOECO

O início da segunda década do século XXI foi marcado por uma grave crise humanitária. Os efeitos devastadores da pandemia de COVID-19, seja do ponto de vista socioeconômico, seja do ponto de vista da saúde, exigiram esforços em proporções poucas vezes vistas para se evitar uma tragédia ainda maior. O contexto de emergência exigiu medidas extremas, tal como o fechamento de cidades inteiras e amplo suporte financeiro do Estado em face do colapso econômico e da escalada da pobreza e do desemprego que o seguiram. 

Se hoje vivemos uma crise humanitária em decorrência de uma pandemia, dentro de uma geração estaremos vivendo uma crise humanitária em decorrência das mudanças climáticas. Ao contrário do vírus, porém, o aquecimento global não pode ser combatido através da produção de vacinas. Tal qual o “esforço de guerra” observado no enfrentamento da pandemia, portanto, é necessário um esforço sem precedentes para mitigar as mudanças climáticas e evitar um colapso global não apenas humanitário, mas também ambiental. 

Nas últimas três décadas, ampliaram-se os esforços para a redução da emissão dos gases do efeito estufa como o desenvolvimento de eficiência energética, produção de energias renováveis e controle de emissões. A velocidade e a escala com que reduzimos a intensidade de carbono da economia, porém, são insuficientes para evitar uma mudança abrupta no equilíbrio geológico da terra, assim como da base material por ele suportada. 

O desafio atual, portanto, exige uma mudança forte e imperativa no padrão de vida vigente, seja através do desenvolvimento tecnológico, da mudança no padrão de acumulação, da desaceleração planejada da economia, e até mesmo por mudanças culturais. O imperativo de mudança exige, deste modo, esforço de desenho e aplicação de políticas climáticas. 

A publicação que ora se apresenta, parceria da Associação Keynesiana Brasileira (AKB) e da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO), é de especial importância, pois representa um esforço de diálogo entre perspectivas heterodoxas da ciência econômica com vistas a indicar pontos de colaboração para o enfrentamento desses desafios comuns. A pandemia de COVID-19, a emergência climática e a erosão da biodiversidade colocam questões que exigirão reflexões aprofundadas sobre a dinâmica socioeconômica e sua relação com a natureza.

Boa leitura do Dossiê Especial AKB ECO ECO! Acesse-o pelo link abaixo!

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